Uma lesão no sistema nervoso pode resultar em dor neuropática. Esse é um tipo de dor crônica e tem diversas causas, como herpes, infecções, diabetes, entre outras doenças. Isso pode causar uma disfunção nessa região do corpo e alterar os sinais interpretados pelo cérebro, o que causa uma possível impressão de queimação, além de outras sensações dolorosas.
Pelo menos 10% da população sofre com esse problema. Por essa razão, é tão importante saber, de forma geral, como identificá-la, analisar os sintomas, entender as causas, assim como, compreender como é feito o diagnóstico e os principais tratamentos. Lembre-se que qualquer sinal, é fundamental procurar um médico especialista para receber uma avaliação e indicação de tratamento segura para você.
Com isso, saiba tudo sobre a dor neuropática neste artigo que preparamos para você. Confira!
Como identificar a dor neuropática
Primeiramente, é preciso entender a diferença entre dores noceptiva e a neuropática. Enquanto a primeira consiste em uma dor de pancada, a segunda refere-se a um trauma que compromete um nervo. Ainda é possível que seja mista, ou seja, dor de pancada, mas que acertou esse nervo ligado ao sistema nervoso.
A dor crônica relacionada à neuropatia ocorre quando os nervos sensitivos são feridos ou danificados, levando a diferentes tipos de sensações dolorosas.
Confira a seguir os diferentes tipos de dores neuropáticas.
- Mononeuropatia: é quando essa doença compromete apenas uma região do sistema nervoso central. Dessa maneira, a dor é localizada em uma parte do corpo, tórax, perna e face, por exemplo. Pode ocorrer de mais de um nervo ser afetado, o que leva a sensação de dor em mais de um lugar.
- Polineuropatia: nesse caso, o comprometimento acontece em vários nervos. Por essa razão, a dor aparece em diversas regiões do corpo. Pode surgir no tronco, face, braços e pernas ao mesmo tempo.
Principais sintomas da dor neuropática
O incômodo que acompanha a dor neuropática é evidente. Essa sensação pode aparecer de maneira contínua ou em forma de crises. Dependendo do grau de comprometimento dos nervos, a intensidade das dores vai de desconfortável à agonia. Por isso, para ter uma qualidade de vida, é importante acompanhar o estágio da doença e fazer os tratamentos indicados pelo médico especialista.
Os sintomas da dor neuropática, no geral, trazem sensações de:
- Choque;
- Agulhada;
- Queimação;
- Formigamento;
- Adormecimento.
Lembre-se que ter esses sintomas são sinais para ir ao médico, mas não indica que você tem a doença. É preciso que haja uma avaliação com um especialista e, possivelmente, precise de alguns exames para confirmar o diagnóstico. Em caso de suspeita, não hesite em fazer uma consulta.
Causas da dor neuropática
Existem diversas causas da dor neuropática. Entre elas podemos destacar as seguintes:
- Doenças infecciosas: as bactérias ou vírus podem infectar os nervos;
- Traumas: pancadas e fraturas que levam a lesões causadas por acidentes ou cirurgias, as quais levam a dor aguda;
- Diabetes: a doença pode comprometer os nervos quando em fase degenerativa, provocando a chamada neuropatia diabética;
- Alcoolismo e falta de nutrientes: podem afetar a função nervosa, levando a dor aguda;
- Herpes: uma das infecções por vírus que mais causam a neuropatia;
- Distúrbio do nervo trigêmeo: provoca uma dor agoniante na face, na região do nervo trigêmeo;
- Medicamentos: é possível que alguns remédios tradicionais também causem a neuropatia;
- Doenças neuropáticas compressivas: quando o nervo é comprimido ou compactado, como a radiculopatia;
- HIV: pode causar disfunção de nervo periférico, levando a neuropatia;
- Hepatite C: o vírus possivelmente pode causar manifestações extra-hepáticas, podendo chegar a dor neuropática;
- Doenças do sistema nervoso central: neste caso, após um AVC ou encefalite, por exemplo, a probabilidade de desenvolver a neuropatia é alta;
- Dor fantasma: causada pela amputação de um membro;
- Doença vascular: a qual afeta e compromete o nervo;
- Problemas de tireoide: se não controlado pode causar danos nos nervos;
- Quimioterapia: esse procedimento, assim como doenças como esclerose múltipla e mieloma múltiplo, podem provocar dor neuropática.
Como é feito o diagnóstico
Os sintomas são ótimas pistas para o médico identificar a dor neuropática, no entanto, pode não ser suficiente. Por essa razão, o especialista possivelmente vai fazer perguntas sobre as sensações para identificar o tipo de dor, a frequência que ela aparece e a intensidade. De acordo com o relato, fará exames neuromusculares e avaliações físicas para verificar as regiões afetadas. Com isso determinará o melhor tratamento.
Tratamentos para dor neuropática
O tratamento para dor neuropática depende do grau e do estágio da doença. O procedimento pode ter o objetivo de tratar o nervo e a lesão diretamente ou apenas buscar o alívio da dor. Veja quais as principais abordagens para lidar com a neuropatia.
Medicamentos
O médico pode optar por tratar a dor neuropática com anticonvulsivantes e anestésicos, os quais diminuem a atividade elétrica dos nervos e podem até bloquear a dor; antidepressivos, que estimulam partes do sistema nervoso os quais impedem a passagem de dores. Eles podem ser administrados via oral, intravenosa (insere diretamente na veia) ou na medula espinhal (peridural)
Os sintomas desses medicamentos, nos primeiros 5 a 7 dias, podem causar sono, boca seca, tonturas, entre outros. Além disso, se for administrado via oral, os resultados possivelmente aparecem após duas ou três semanas e pode ser necessário reajustar a dosagem para melhorar ou até eliminar a dor com eficácia.
Fisioterapia e terapia ocupacional
Além da fisioterapia e terapia ocupacional, podem ser usados estímulos térmicos e elétricos com o objetivo de modular os sintomas de dor induzindo uma reorganização cortical. Esses procedimentos não são invasivos, ou seja, sem cortes. No entanto, é mais indicado para casos menos graves ou urgentes.
Cirurgia
Para casos mais graves, o médico pode indicar a cirurgia para tratamento do nervo, sistema nervoso ou medula espinhal. Nesse caso, o objetivo é curar a doença ou aliviar os sintomas.
Agora que você sabe tudo sobre a dor neuropática, lembre-se de conversar com seu médico caso tenha sintomas dessa doença. O controle das dores com tratamento adequado para você ajuda nas atividades diárias, melhora o desempenho em atividades do dia a dia ou no trabalho e garante uma qualidade de vida.
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