O que é a dor crônica e quais são as dores mais sentidas pelas pessoas?
A dor é uma reação do corpo diante da identificação de algum problema. Ou seja, é uma forma de defesa do organismo, uma maneira que ele tem de nos dizer que algo não está bem. Sentir dor, portanto, é normal, desde que ela dure pouco tempo após ser tratada. Quando essa dor permanece por muito tempo e não tem uma causa aparente, ela se torna uma dor crônica e deixa de ser um sintoma para se transformar em uma doença. A dor crônica atinge boa parte dos brasileiros e pode se manifestar de várias formas e atingindo diferentes partes do corpo. Geralmente, as áreas mais atingidas são cabeça, coluna e articulações, principalmente o joelho.
Dor crônica: você sabe identificar?
Existem dois tipos de dor: aguda e crônica. A dor aguda surge repentinamente, geralmente após algum trauma ou atrito mais forte. Um mês costuma ser suficiente para que essa dor vá embora, desde que ela tenha o tratamento adequado.
Já a dor crônica, como vimos no início desse artigo, é a dor que incomoda o indivíduo por mais de três meses e pode surgir devido ao agravamento de alguma doença ou também por causa de uma dor aguda que não foi curada a tempo.
O desconforto provocado pela dor crônica não é a única forma de identificá-la. Quando se torna persistente, a dor também pode causar cansaço excessivo, indisposição, ansiedade, vermelhidão e inchaço no local afetado, dentre outros sintomas.
Quando procurar um médico?
Como dissemos, a dor é uma manifestação natural do corpo diante de alguma interferência nociva e sempre precisa de atenção e cuidados médicos. Contudo, quando deixa de ser um incômodo esporádico e se torna uma dor persistente, ela precisa ser investigada. A orientação é buscar ajuda médica quando:
- A dor persistir por mais de três meses;
- A dor limitar os movimentos simples e naturais do dia a dia, como levantar da cama, fazer exercícios simples, agachar etc;
- A dor vem acompanhada de outros sintomas como inchaço, vermelhidão e mal-estar generalizado. Muitas pessoas não conseguem sair da cama quando sentem dor crônica.
- A dor impede você de trabalhar, compromete sua convivência e interação com outras pessoas.
É muito importante destacar que não é preciso esperar que a dor atinja graus mais elevados de gravidade. Quanto mais rápido o indivíduo buscar atendimento médico, melhor será o tratamento e a solução do problema.
Contudo, sabemos que muitas vezes a pessoa prefere esperar a evolução da dor para decidir se deve ou não procurar um médico. Portanto, é importante ficar atento aos sinais e não esperar muito para pedir ajuda.
Dores crônicas mais comuns
As dores mais comuns são aquelas que afetam a região da coluna, em toda a sua extensão, e também as dores articulares, que atingem as inúmeras articulações do nosso corpo. Saiba mais.
Lombalgia
A lombalgia, também chamada de dor lombar, é aquela dor que surge na região bem próxima ao quadril, no final da coluna vertebral. A dor na lombar não tem uma intensidade severa, mas é persistente e pode acompanhar o indivíduo por longos anos. As principais causas da lombalgia são:
Hérnia de disco
A hérnia de disco é uma das principais causas da lombalgia e atinge um grande número de brasileiros. A doença é causada, na maioria das vezes, devido à má postura e ao desequilíbrio da coluna cervical, além da sobrecarga de peso.
Artrose
A artrose é uma doença que atinge as articulações e provoca a degeneração das cartilagens, causando dor sempre que o paciente realiza algum movimento. A região lombar é uma das áreas mais atingidas pela artrose. A doença não tem cura, mas tem tratamento.
Espondilolistese, também chamada de escorregamento de vértebra.
Na Espondilolistese, uma vértebra escorrega sobre a outra causando dor na região lombar. Pode ser um problema de origem congênita, mas também pode ser uma condição provocada por traumatismos ou doenças reumáticas.
Dor ciática
A dor ciática também é um tipo de dor na coluna, só que começa na região lombar, passando pelos quadris e chegando até às pernas. O nervo ciático é o mais longo do corpo humano, atravessando várias partes dele, podendo chegar, inclusive, até a região dos pés.
A ciatalgia é uma doença muito comum e, além da dor característica, provoca outros sintomas como formigamento, queimação na região, falta de sensibilidade e fraqueza na perna afetada. As principais causas da dor ciática são a hérnia de disco, traumas e doenças degenerativas geralmente relacionados à idade.
Dor cervical
A dor cervical também é uma dor crônica bastante popular. A localização da dor, nesse caso, é bem específica e atinge a região da cabeça, na parte superior da coluna, mais precisamente na nuca, pescoço e ombros.
A cervicalgia geralmente está relacionada à má postura, à sobrecarga na região, à tensão muscular, mas também pode surgir devido a outras doenças como a hérnia de disco.
Outros sintomas da cervicalgia são dor de cabeça, rigidez na região, tensão muscular, formigamento, fraqueza sobre os ombros e crepitação, que é a sensação de ter areia na articulação do pescoço quando a cabeça é girada de um lado para o outro.
Dor no joelho
Dentre as dores articulares, a que atinge o joelho é a mais comum. Também pudera. O joelho é a maior articulação do nosso corpo e é muito exigida diariamente para a execução de inúmeras atividades. A dor no joelho pode surgir por vários motivos. Podemos destacar:
- Lesões ou traumas provocados por acidentes ou por realização de exercícios físicos de maneira inadequada;
- Desgaste provocado pelo uso excessivo dos joelhos;
- Doenças reumáticas como artrite e artrose;
- Infecções e inflamações locais;
- Bursites e tendinites.
A dor no joelho já é muito prejudicial porque afeta a mobilidade do indivíduo. Quando ela se torna crônica pode ficar ainda mais incapacitante, impedindo a pessoa de realizar atividades simples do dia e comprometendo a sua autonomia.
Essas são as principais dores crônicas relatadas por pacientes. Contudo, não são as únicas. Existem muitas variações e origens diferentes da dor o que eleva ainda mais a importância de buscar ajuda médica logo que identificar algo diferente de uma dor aguda, que some em pouco tempo. Portanto, se você sente alguma dor que se estende há mais de três meses, não sabe dizer a origem desse desconforto e percebe que ela está comprometendo a sua qualidade de vida, não espere mais. Busque ajuda e certamente encontrará o tratamento ideal para solucionar o seu problema.