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Antidepressivos no tratamento da dor

Atualmente, é muito comum o uso dessa classe de fármacos pelos médicos para tratar os diferentes tipos de síndromes dolorosas e os antidepressivos mais usados são os tricíclicos como, por exemplo, a amitriptilina ou a nortriptilina, que são os antidepressivos que estão no mercado há mais tempo, que têm sido feitos estudos há mais tempo com eles e que por isso possuem mais evidência na literatura.

Outra classe de antidepressivos muito usada são os antidepressivos duais, que são a duloxetina e a venlafaxina. Trata-se de uma classe de medicação mais nova que foi desenvolvida depois, tem um pouco menos de evidência na literatura, mas também tem um resultado importante no tratamento da dor, além de que, em geral, causam menos efeitos adversos do que os antidepressivos tricíclicos.

Já uma outra classe de antidepressivos são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina, por exemplo, sertralina e fluoxetina. Esses remédios também têm aplicabilidade no tratamento da dor, mas em geral são menos utilizados que os outros dois primeiros, com evidências menores ou com menos efeitos na literatura, isso, claro, a depender do tipo de síndrome dolorosa.

E para quais dores é interessante o uso de antidepressivo? Para várias dores temos evidências do uso desse tipo de medicação, mas as principais são para dor neuropática, dor muscular e inclusive para algumas dores pós operatórias. Isso porque existem evidências de que o uso do antidepressivo tanto no pré como no pós operatório pode conduzir a um menor consumo de opióides e melhoras no tratamento da dor.

O que é importante ressaltar é que é muito comum quando você encontra o paciente usando antidepressivo pra dor, ele questionar se ele está com um problema psiquiátrico ou alguma coisa do gênero. É fundamental esclarecer ao paciente que nem sempre o uso do antidepressivo está associado à depressão ou um transtorno de humor. Para pacientes com dor, por exemplo, eles podem não ter transtornos psiquiátricos mas mesmo assim utilizar antidepressivos, por isso é importante ficar claro para o paciente objetivo do tratamento e do uso de cada medicação.

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