A entorse de tornozelo é uma lesão que causa um estiramento, ruptura parcial ou total, de um ou mais ligamentos da articulação do tornozelo. Ligamentos são fortes faixas que conectam os ossos das articulações e tem como função dar a estabilidade articular. A maioria das entorses é causada por “viradas” de tornozelo para fora e para baixo (inversão e flexão plantar) associado a terrenos irregulares ou degraus.
A entorse de tornozelo pode ser classificada em: 1 – estiramento ligamentar (pouca instabilidade), 2 – lesão ligamentar parcial (média instabilidade), 3 – lesão ligamentar total (muita instabilidade). Os principais sintomas da lesão são dor, inchaço, facilidade em torcer novamente o tornozelo e equimose (coloração escura).
O diagnóstico é feito sempre com a ajuda de um ortopedista que pode contar com radiografias para descartar fraturas associadas, ultrassonografia e, em casos mais específicos e crônicos, a ressonância magnética é o exame de escolha. Quanto ao tratamento, depende do grau da lesão, porém todas as lesões em fase inicial pedem repouso, aplicação de gelo, imobilização e medicação.
Nas lesões parciais, após o tratamento inicial, o paciente deve se submeter a reabilitação adequada que pode incluir fisioterapia, hidroterapia e acupuntura para o controle da dor. Em lesões totais, avalia-se as atividades laborais e esportivas do paciente para se optar entre a reabilitação ou o tratamento cirúrgico.
Cerca de 20% das entorses evoluem para instabilidade crônica (após seis meses da entorse). Nesses casos, fica a possibilidade também de reabilitação, porém a cirurgia acaba sendo o tratamento mais frequente.
A prevenção da entorse começa pelo uso de sapatos adequados à prática esportiva, alongamento antes e após as atividades esportivas e cuidado ao andar em terrenos irregulares. Além disso, a melhor prevenção consiste em atividade física supervisionada frequente para manter suas articulações flexíveis e musculatura e tendões reforçados.
RT: Dr. Marco Paulo Otani – CRM: 105.511