No ano de 2000, tínhamos 5,4% de idosos FATORES DE RISCO DE QUEDA na população brasileira. A perspectiva para 2050 é de que esta faixa etária ocupe 18,4% da população. É a inversão da pirâmide etária no país.
Este aumento de expectativa de vida traz uma preocupação. Afinal, cerca de 45% dos idosos cai ao menos uma vez ao ano e a metade cai de forma recorrente. O índice de hospitalização por quedas é de 14% das internações dos idosos. Desses que sofrem quedas de propria altura, 5 a 10% têm como consequências lesões graves, como fraturas, traumatismos cranianos e cortes graves, aumentando, assim, os índices de mortalidade.
Falando em fratura de quadril, 50% dos idosos não recuperam a mobilidade prévia e 33% não sobrevivem. Além do alto índice de mortalidade, destacamos o isolamento social, insegurança e medo, além de depressão, reduzindo sensivelmente a qualidade de vida.
Para prevenção de quedas, podemos enumerar:
Fatores ambientais: algumas medidas ao serem aplicadas reduzem em 70% o risco de quedas, como apoios tipo barras no banheiro, luminosidade adequada dos ambientes, pisos antiderrapantes, sapatos antiderrapantes e corredores livres de obstáculos.
Fatores patológicos: a prevenção de osteoporose e osteoartrose, consultas regulares ao oftalmologista para evitar o déficit visual, tratar o déficit do equilíbrio e de tonturas com apoio de um neurologista.
Fatores sociais: cuidado redobrado em lares com idosos acima de 75 anos, idosos já sem o cônjuge e pacientes em estado depressivo ou com AVC prévio.
Fatores físicos: a inatividade, somada à fraqueza muscular e ao baixo IMC (índice de massa corpórea) é a principal vilã física ao risco de quedas. Por isso, a partir dos 60 anos deve-se fazer consultas regulares com um ortopedista geriátrico para aliar o preparo físico ao tratamento de patologias ortopédicas que acometem a terceira idade (osteoporose e osteoartrose) e aumentar mais a manutenção de massa muscular.
Portanto, para prevenirmos e gerenciarmos as quedas dos idosos devemos fazer a adequação do ambiente para evitar os riscos acidentais, fazer tratamento multidisciplinar para tratar as patologias que potencializam os riscos das quedas e principalmente tirar o idoso da inatividade através do exercício físico supervisionado para diminuição da fraqueza muscular, tratamento da osteoporose e osteoartrose através da academia terapêutica, sempre sob supervisão de profissionais especializados.
RT: Dr. Marco Paulo Otani – CRM: 105.511